A intensificação das chuvas neste período é propícia para a proliferação de diferentes microrganismos causadores de doenças, como a leptospirose, que acomete diversas espécies de animais, incluindo os bovinos. A infecção causa abortamentos em vacas no final da gestação na forma crônica da doença. Já na fase aguda, em bovinos jovens e adultos, ocorrem lesões renais que podem levar à falência renal e à morte.
A leptospirose é causada pela bactéria Leptospira spp, transmitida aos animais pela ingestão de pastagem contaminada ou contato com água ou solo encharcado contaminados. Em condições de baixa umidade ambiental e incidência direta de raios solares, essa bactéria só permanece viva por 30 minutos. Já em condições de alta umidade e de pH neutro ou levemente alcalino, a Leptospira pode sobreviver por semanas ou meses. Em meio aquoso, ela é capaz de se locomover até encontrar um hospedeiro, por esse motivo a leptospirose bovina é mais frequente nesta época de chuvas.
O veterinário recomenda fazer o diagnóstico de forma rotineira no rebanho em casos da presença da Leptospira spp nos animais de uma propriedade e também conhecer qual sorogrupo é predominante. Isso é feito por meio de exames de sangue.
“Por que isso é importante? Suponha que ao fazer exames de sangue nos animais, o sorogrupo mais comum encontrado seja o ‘Icteriohaemorrhagiae’, comum de roedores. Portanto, os ratos possuem um papel importante na transmissão da doença nesse rebanho. Ou pode ser que o sorogrupo predominante seja o “Hardjo”, mais comum de bovinos. Nesse caso, a transmissão da doença ocorre principalmente por meio dos próprios bovinos”, esclarece. ( AGROEMDIA )
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