O ano de 2021 deixou, com certeza, muitos aprendizados aos pecuaristas. Além disso, foi marcado por uma grande lacuna na oferta de gado terminado, o que pressionou os preços do boi gordo positivamente, e esse continua a ser o principal fator de sustentação dos preços para 2022 que, aliado a demanda externa, deixam as indústrias mais voraz pela matéria prima e expectativa de recorde nos preços da arroba.
Com uma tendência forte de elevação dos custos para este ano, a única saída para o melhor desempenho da produção de carne bovina deve vir essencialmente de uma arroba mais valorizada neste ano. Pecuaristas e analistas, estimam que os valores podem atingir uma valorização de 12% no primeiro trimestre de 2022, deixando a arroba em um patamar de R$ 369,00/@.
O ano de 2021 foi marcado por uma continuidade daquilo que se presenciou no ano anterior: houve falta de animais para abastecer o mercado doméstico, por sua vez, enfraquecido em virtude da crise econômica provocada pela pandemia. A principal causa da falta de animais foi o ciclo pecuário e a escassez de chuvas nos principais polos produtores do país.
O mercado físico do boi gordo encerrou o ano demonstrando que o setor enfrenta sérios problemas com a baixa disponibilidade de animais terminados, decorrente do ciclo pecuário, fato esse que permitiu que a arroba operasse ao redor de R$ 300 em boa parte das praças do País, segundo os valores do Indicador do Boi Gordo/CEPEA. “Mesmo com o desarranjo gerado pelos dois casos de EEB não transmissíveis (doença conhecida como ‘mal da vaca louca’), o que fez as indústrias brasileiras darem um ‘cavalo de pau’ na produção devido ao cancelamento dos envios ao mercado da China, o tempo de recuperação dos preços da arroba foi muito rápido”, relata a IHS.
O movimento de retenção de matrizes nas fazendas brasileiras foi confirmado pela queda acentuada no abate de fêmeas ao longo do ano, o que ajudou a enxugar ainda mais a oferta de animais terminados.( RURALNEWS/MS )
Nenhum comentário:
Postar um comentário