O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) acaba de publicar os descritores mínimos da espécie florestal Araucaria angustifolia, bem como as instruções para execução dos testes de distinguibilidade, homogeneidade e estabilidade (DHE) de cultivares da espécie e híbridos da espécie com outras do gênero Araucaria. Isso significa que, a partir de agora, produtores e empresas interessados em trabalhar com melhoramento genético de araucária poderão proteger as novas cultivares que desenvolverem.
“Para a araucária, isso representa um
passo muito importante”, explica o
pesquisador Ivar Wendling, da Embrapa
Florestas (PR), que esteve à frente do
grupo que elaborou esses descritores
mínimos. “Cremos que essa publicação
incentivará produtores rurais e empresas a
fazer novos plantios de araucária e,
consequentemente, ajudará a retirá-la da
lista de espécies ameaçadas de extinção”,
acredita.
Por que os descritores são importantes?
Os descritores reúnem diversas
características morfológicas que servem
para descrever as cultivares e evidenciar
suas diferenças. Com isso, interessados
em seu cultivo vão ter mais segurança a
respeito do material que estão adquirindo
e plantando, e quem desenvolve novas
cultivares terá a garantia de sua proteção.
“A araucária pode ser cultivada tanto para
produção de pinhão quanto de madeira e
saber o que a cultivar proporciona é
importante para o produtor”, explica
Wendling.
Segundo Ricardo Zanatta Machado,
Coordenador do Serviço Nacional de
Proteção de Cultivares (SNPC), do Mapa, a
vantagem da proteção é que o titular passa
a ter direito exclusivo de exploração
comercial do material propagativo da
cultivar, ficando essa atividade vedada a
terceiros sem a sua autorização. ( EMBRAPA )
Foto: Kátia Pichelli
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