Experimentos realizados pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) com uma variedade híbrida de dendê desenvolvida pela Embrapa Amazônia Ocidental (AM) resultaram na produção de um novo tipo de azeite, com baixa acidez e sabor mais suave. A solução impacta diretamente a culinária baiana, visto que a alta acidez do dendê é tida como responsável por distúrbios gastrointestinais, o que afasta muitos apreciadores. O cultivo do híbrido pode contribuir ainda para a sustentabilidade da dendeicultura da região, principalmente de pequenos produtores, por aliar baixo custo de produção e resistência a pragas.
O novo azeite, desenvolvido na Estação Experimental Lemos Maia (Esmai/Ceplac), no município de Una, BA, é resultante do cruzamento entre o dendezeiro de origem africana (Elaeis guineensis) e o caiaué, de procedência americana (Elaeis oleífera), conhecido como HIE OxG híbrido interespecífico (entre o dendê e o caiaué). Batizado de Unaué, foi testado em restaurantes do município baiano, com bastante aceitação tanto pelo sabor como pela qualidade.
O produto herdou a baixa acidez e a alta concentração de ácidos graxos insaturados (bons para o coração) do caiaué, além de ser mais claro e uniforme. ( EMBRAPA )
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