Quem já visitou uma granja com certeza já ouviu falar em frango refugo. A situação é a seguinte: os produtores caminham entre as aves para verificar se algum animal apresenta um comportamento diferente dos demais.
Geralmente, são aves que não vão conseguir se desenvolver e ganhar peso, e por isso precisam ser eliminadas. Ainda que uma taxa de mortalidade que não ultrapasse cinco por cento do lote seja considerada aceitável, os produtores devem ficar atentos para evitar a síndrome da refugagem e reduzir impactos econômicos negativos.
Vários fatores podem estar relacionados ao quadro, desde predisposição genética ou pintinhos nascidos de matrizes jovens, até o baixo consumo de alimentos e a má absorção e digestão dos nutrientes nos primeiros dias de vida.
É difícil estabelecer um diagnóstico a partir de um agente como vírus ou bactérias. Por isso, para evitar descartes precoces, é preciso investir no manejo da ambiência, nos programas de vacinação e nas barreiras sanitárias. Ao receberem os pintinhos, os produtores devem garantir que o ambiente favoreça a manifestação do comportamento natural das aves.
Uma estratégia possível é montar pinteiras. O extensionista Fabiano Flausino explica que a ração esparramada sobre um papel estimula o pintinho a se alimentar. “As aves vêm sendo trabalhadas geneticamente ao longo dos anos, mas ainda trazem a curiosidade em sua herança genética. Quando chegam ao galpão querem ciscar e bicar o chão. Assim, elas são atraídas pelo papel e consomem a ração.
Isso ajuda a reduzir refugagem e promove o ganho de peso, principalmente nas primeiras horas de vida. A cada duas horas ou três horas passamos jogando ração, sempre em pequenas quantidades”, orienta.
De acordo com o médico veterinário José Luis Januário, uma síndrome tem várias causas e não apenas uma fundamental. É caracterizada por um conjunto de sintomas e pode ser favorecida pela amplitude térmica, principalmente durante o outono e o inverno, quando há grande variação de temperatura em um mesmo dia.
( CANAL RURAL )
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