“Há produtores que estão irados com a situação atual: cargas de
Feijão sendo devolvidas por resíduos excessivos de defensivos. Testes rápidos
têm permitido que, antes de descarregar o produto, se tenha um resultado prévio
e o empacotador não pode descarregar. Porém é necessário que todos saibam que
neste sentido o setor está em rápida mudança”. O alerta é do Ibrafe (Instituto
Brasileiro do Feijão e Pulses).
De acordo com a entidade, “não haverá o Feijão que vai para família do
produtor e outro que vai para o consumidor, comentário que se ouve em algumas
regiões de produção. Existe análise agora suficiente para dizer que não é
exceção. Há um número preocupante de produtores que não se importa em entregar
algo que não consumiria. Se há quem fura fila da vacina, superfatura
respiradores, certamente não devemos estranhar que existam produtores sem
consciência”.
O Ministério da Agricultura tem lavrado multas contra os empacotadores
que chegam a R$ 490.000 por uma carreta. Qual a razão de ser tão alta a multa?
“Para que se pare com o uso inadequado de defensivos. As empresas de defensivos
estão preocupadas e sabem que podem ser corresponsáveis pelo mau uso. Farão a
parte que lhes cabe em comunicar ao produtor a necessidade de cuidar do manejo.
Para não prejudicar produtores que agem corretamente é que precisamos iniciar a
rastreabilidade”, explica o presidente do Instituto, Marcelo Lüders.
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