Os baixos estoques, a demanda firme e
as incertezas quanto ao tamanho da oferta da temporada 2020/21 devem manter os
preços internos do milho em patamares acima da média em 2021. Segundo
colaboradores do Cepea, as lavouras brasileiras da primeira safra foram
prejudicadas pelo clima seco, principalmente no Sul do País. Para a segunda
safra, o cultivo mais lento e tardio da soja, comparativamente a anos
anteriores, traz temores sobre como será a semeadura de milho e se haverá
impactos na produtividade. Com isso, a temporada 2020/21 deve se iniciar com
incertezas em torno da oferta do cereal – por enquanto, as estimativas oficiais
indicam produção recorde no Brasil e no mundo.
A demanda, por sua vez, deve
continuar aquecida nos mercados doméstico e internacional. No Brasil, o consumo
segue crescente, refletindo o maior interesse do setor pecuário e também de
novas usinas de etanol de milho no Centro-Oeste. As exportações devem ser
favorecidas pelo dólar valorizado e pela alta nas cotações internacionais. A
comercialização antecipada, especialmente para exportação, tende a restringir a
oferta no spot nos próximos meses, podendo acirrar a disputa pelo
produto. (CEPEA )
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