De maneira geral, a citricultura
paulista registrou preços elevados em 2020. Com a menor produção de laranjas no
cinturão citrícola (São Paulo e Triângulo Mineiro) na safra 2020/21 devido ao
clima adverso, a necessidade de matéria-prima por parte da indústria continuou
alta ao longo do ano, fator que sustentou os valores da fruta.
Segundo o relatório de 10 de dezembro
do Fundecitrus, o cinturão deve ter a maior quebra de safra (em termos
percentuais) desde 1988/89, quando se iniciou a série histórica. No total, a
produção de laranja deve cair 30% na temporada 2020/21, somando 269,36 milhões
de caixas de 40,8 kg. Conforme colaboradores do Cepea, a maior demanda
industrial em 2020 diminuiu a disponibilidade no mercado de mesa, visto que
houve casos de produtores tipicamente do segmento que preferiram direcionar
suas frutas à indústria, diante das incertezas da pandemia e dos preços
atrativos no processamento.
Esse cenário somado às adversidades climáticas (que acentuaram a baixa disponibilidade de frutas com padrão para a mesa) e à demanda aquecida impulsionaram as cotações das laranjas de mesa em praticamente todos os meses de 2020. No mercado de lima ácida tahiti, a oferta esteve bastante elevada entre janeiro e abril, período de pico de safra. (CEPEA )
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